Para garantir a protecção de identidade, estão desfocadas as caras dos transeuntes humanos e também a do acompanhante canino...
trekker
Instantâneos de Google Earth/Maps/Street View
domingo, 15 de abril de 2018
segunda-feira, 5 de fevereiro de 2018
Aridez
Há quem não goste disto. Para dizer a verdade, não é lá... hum... muito acolhedor. Apetece mais fechar a janela e ficar dentro de casa.
quinta-feira, 25 de janeiro de 2018
sábado, 10 de junho de 2017
Desmazelados sem lei
Imagem: Google StreetView
San Luca, Calábria, Itália, terra de mafiosos onde ninguém se quer candidatar a presidente da câmara (ou como se chame por lá o cargo equivalente). Não há mortos espalhados pelas ruas, mas os sinais estão por toda a parte e não é preciso perder muito tempo a procurá-los. Em frente do edifício da câmara, sobre uma passadeira que há muito não vê tinta, estaciona, fora de mão, o veículo de alguém que — supõe-se — ali foi tratar de um assunto...
Percorrendo as imagens disponíveis, o que se encontra é uma terreola tristonha e desmazelada, com ares de favela, onde quase ninguém se preocupa em pintar os edifícios ou dar-lhes um mínimo de ordem.
Não é a Alemanha, não senhor. É no sul de um país do sul... Curiosamente, foi num site alemão que me apareceu o alerta: http://www.spiegel.de/panorama/justiz/san-luca-in-der-mafia-hochburg-moechte-niemand-buergermeister-werden-a-1149717.html
Localização: https://goo.gl/maps/ezmLRqXFbAB2
sexta-feira, 26 de maio de 2017
Junto a Dom José
Junto à estátua equestre do Terreiro do Paço, um sem-abrigo dorme. Junto a ele estão dois cães, visíveis nas imagens de outros ângulos. O normal é que seja desfocada apenas a cara das pessoas que aparecem nas imagens, por óbvias razões de privacidade. Neste caso, não foi assim. Foi desfocado todo o corpo, como se não se quisesse mostrar a sua presença ali.
domingo, 21 de maio de 2017
Os fantasmas do cemitério
Imagem: Google StreetView
Uma equipa prepara-se para iniciar (ou abandonar) trabalhos num cemitério em Okuma, Fukushima, Junho de 2013.
terça-feira, 24 de janeiro de 2017
Snowdonia
Cordeiros atravessam
uma estrada, um pouco assustados com a aproximação do carro do
GoogleStreetView, em Snowdonia, País de Gales.
O mundo é vasto e em grande parte um imenso paraíso (a parte que conseguimos não estragar). Todos queremos acesso a esse mundo, mas há duas coisas que o impedem e que, no fundo, se resumem a uma: o tempo e a desigualdade. Mesmo que vivêssemos milénios, deixaríamos por visitar recantos maravilhosos deste planeta, se os quiséssemos visitar como deve ser, não apenas de passagem, mas mergulhando na sua história e nos seus mistérios, comungando da vida que eles permitam.
Para alguns, a sobrevivência não é uma questão de tempo. Senhores de todo o seu tempo, podem usá-lo como quiserem, por exemplo a conhecer o mundo. Mas a maioria, para sobreviver, tem de permanecer no mesmo local a maior parte da sua vida, quando não toda ela. Nunca poderá conhecer o que está para além do horizonte que a rodeia.
Por outro lado, o livre acesso de todos os seres humanos a todos os locais do planeta, admitindo que éramos globalmente mais ricos do que na realidade somos e que a riqueza estava suficientemente bem distribuída para que todos pudéssemos viajar pelo mundo inteiro, faria com que estragássemos tudo num ápice. Muitos sítios são frágeis e não aguentariam tamanha pressão. É o que aliás já está a acontecer um pouco por todo o mundo em algumas das mais famosas "landmarks".
Temos de admitir que a igualdade, na sua forma extrema de repartição igualitária, nunca vai acontecer. Nunca aconteceu, é quase sempre uma ilusão prometida como alcançável, mas a História mostra que a desigualdade, em lugar de diminuir, até se tem acentuado em muitos dos seus aspectos.
A estrada que se vê nesta imagem é estreita e barrada por cancelas, como que a dizer "vem, mas não tragas um veículo demasiado grande nem muita gente atrás de ti, passa devagar e não estragues o que vês".
Não é possível ver o mundo totalmente sem interagir com ele. Precisamos ao menos de falar com os habitantes dos locais por onde vamos passando e, com isso, já estamos a alterar o mundo. Alguém, de entre nós ou deles, tem de aprender uma língua estranha, para que a comunicação seja possível. Os habitantes locais vão comer e dormir a suas casas. Os visitantes também precisam de comer, dormir e, eventualmente, lavar-se — o que cria a necessidade de uma indústria hoteleira tanto mais importante quanto mais elevado o número e as exigências dos visitantes. Essa indústria vai alterar irremediavelmente o estilo de vida local. O camponês passa a barman e, à noite, o barulho das discotecas não deixa as ovelhas dormir tranquilas…
Por outro lado, o livre acesso de todos os seres humanos a todos os locais do planeta, admitindo que éramos globalmente mais ricos do que na realidade somos e que a riqueza estava suficientemente bem distribuída para que todos pudéssemos viajar pelo mundo inteiro, faria com que estragássemos tudo num ápice. Muitos sítios são frágeis e não aguentariam tamanha pressão. É o que aliás já está a acontecer um pouco por todo o mundo em algumas das mais famosas "landmarks".
Temos de admitir que a igualdade, na sua forma extrema de repartição igualitária, nunca vai acontecer. Nunca aconteceu, é quase sempre uma ilusão prometida como alcançável, mas a História mostra que a desigualdade, em lugar de diminuir, até se tem acentuado em muitos dos seus aspectos.
A estrada que se vê nesta imagem é estreita e barrada por cancelas, como que a dizer "vem, mas não tragas um veículo demasiado grande nem muita gente atrás de ti, passa devagar e não estragues o que vês".
Não é possível ver o mundo totalmente sem interagir com ele. Precisamos ao menos de falar com os habitantes dos locais por onde vamos passando e, com isso, já estamos a alterar o mundo. Alguém, de entre nós ou deles, tem de aprender uma língua estranha, para que a comunicação seja possível. Os habitantes locais vão comer e dormir a suas casas. Os visitantes também precisam de comer, dormir e, eventualmente, lavar-se — o que cria a necessidade de uma indústria hoteleira tanto mais importante quanto mais elevado o número e as exigências dos visitantes. Essa indústria vai alterar irremediavelmente o estilo de vida local. O camponês passa a barman e, à noite, o barulho das discotecas não deixa as ovelhas dormir tranquilas…
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Viaje por ali clicando nas setas das imagens ou usando o mapa:
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